quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Noites de insónias ...

Com o calor que tem estado tenho dormido de janelas abertas ... para ver se "corre" algum ar. Fechar as janelas transforma a casa numa sauna e, por isso esta será sempre uma boa solução, uma vez que também não há ar condicionado lá em casa (quanto muito uma ventoinha?). Com este calor insuportável e as janelas abertas o que acontece? Acordar a meio da noite com o ruído lá de fora e ficar ali uma hora ou mais às voltas ... as belas das insónias!

E quais os sons do "silêncio" da noite?
Vozes de gente que anda na rua, que vem da night ou que passa, simplesmente...
... rádio táxis ...
... música dos carros que passam (as chamadas discotecas ambulantes) ...
... uma mota a acelerar ...
... tudo incomoda e quando o corpo está muito, muito cansado e não se consegue dormir é desesperante ... eu tenho muitoooo sono!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Acto ...

... criminoso,
... intencional,
... estúpido,
... egoísta,
... de pura loucura.
Isto é o que penso cada vez que, na hora do noticiário,
vejo imagens como estas:

Como é impressionante a maldade humana!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Se cuidas de mim ... verbo CUIDAR!!!

Se cuidas de mim eu cuidarei de ti ... é uma verdade!

E eu gosto que também cuidem de mim ... quem não gosta?

Cuidar ... cuido dos "meus", ou seja, família, amigos ... e os "amores", sejam eles do passado, presente ou futuro, pois nunca deixarão de ser do coração (há sempre qualquer coisa que fica, há sempre algo que os torna ou tornou especiais - nem que tenha sido um dia)


Cuidar ... acarinhar, enroscar-se noutro, um "cafuné", estar atento, dar uma mão ou um abraço, um puxão de orelhas ou um beijo, para os bons e maus momentos ... isso é cuidar!


Se cuidas de mim

Se cuidas de mim eu…
eu cuido de ti também
Dentro da minha mão
eu guardo-te bem
Se amarmos do principio
se perdermos tudo outra vez
vou marcar-te bem
como um sonho vão
dentro da minha mão

Se cuidas de mim
eu cuido de ti também
Se vens em paz
eu venho por bem
Se formos bebendo o chão deste caminho
vou guardar-te bem
agora que sei
que não vou sozinho.

por isso vem…
Há uma praia depois sombra
uma clareira para iluminar
Há um abrigo no meio das ondas
tudo é caminho para iluminar
Por isso vem.

Poema do desamor

Desmama-te desanca-te desbunda-te
Não se pode morar nos olhos de um gato

Beija embainha grunhe geme
Não se pode morar nos olhos de um gato

Serve-te serve sorve lambe trinca
Não se pode morar nos olhos de um gato

Queixa-te coxa-te desnalga-te desalma-te
Não se pode morar nos olhos de um gato

Arfa arqueja moleja aleija
Não se pode morar nos olhos de um gato

Ferra marca dispara enodoa
Não se pode morar nos olhos de um gato

Faz festa protesta desembesta
Não se pode morar nos olhos de um gato

Arranha arrepanha apanha espanca
Não se pode morar nos olhos de um gato


Alexandre O’Neill [1924 - 1986], in “Dezanove poemas” [1983]