terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Cúmplices

A noite vem às vezes tão perdida

E quase nada parece bater certo

Há qualquer coisa em nos inquieta e ferida

E tudo que era fundo fica perto

Nem sempre o chão da alma é seguro

Nem sempre o tempo cura qualquer dor

E o sabor a fim do mar que vem do escuro

É tantas vezes o que resta do calor

Se eu fosse a tua pele

Se tu fosses o meu caminho

Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

Trocamos as palavras mais escondidas

E só a noite arranca sem doer

Seremos cúmplices o resto da vida

Ou talvez só até amanhecer

Fica tão fácil entregar a alma

A quem nos traga um sopro do deserto

Olhar onde a distância nunca acalma

Esperando o que vier de peito aberto

Se eu fosse a tua pele

Se tu fosses o meu caminho

Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

Se eu fosse a tua pele

Se tu fosses o meu caminho

Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

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